quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A Morte


((Imagem surrupiada do face do meu amigo Dellone))

A morte é o medo mais forte 
De antes, na hora que chega 
A morte talvez seja a sorte 
Da vida desdita, não meiga 

A morte chega num repente 
Se ocupando de um vago instante 
Como uma inimiga ausente 
Que a gente queria distante 

A morte é um mundo em segredo 
Um mundo jamais desvendado 
A morte se inicia no medo 
E no fim de um destino marcado 

A morte é a sina mais certa 
Que nos espera, mesmo sem espera 
Dona do último aceno, do último suspiro
 Do primeiro passo pro fim do destino


Por Mary Paes

domingo, 18 de dezembro de 2011

Esquecer de Morrer


                                        
Foto: Maksuel Martins

Queria gritar para o mundo todo ouvir 
Gritar a minha fúria sufocada 
A minha revolta enlouquecida 


Queria me libertar do tédio 
Angustiado que me mata... 
Queria arrancar do meu ser 
O espírito endiabrado da minha solidão


Queria perfurar o meu cérebro desordenado 
E deixar fugir todos os meus complexos desnorteados
Queria desbloquear a pulsação sufocante 
Do meu coração solitário 


Queria apagar a palidez dos meus olhos cansados 
Queria arrancar a vida morta 
Do meu corpo estafado 


...Queria iniciar 
...Queria viver 
Queria brilhar, esquecer de morrer.


by Mary Paes



sábado, 10 de dezembro de 2011

comigo mesmo...

A solidão é um pedaço meu, e fará parte de mim até que eu morra. 
E hoje... por ser sábado, tenho muito tempo pra ficar comigo mesmo!

by Mary Paes

domingo, 9 de outubro de 2011

Saudade do meu bem

foto: Maksuel Martins


A saudade vem bailando serena
Junto do vento...
Embalando as lágrimas de um
Rosto desatento...

E o amor latente no peito
Saudoso dos beijos teus
Por uns tempos, beijos meus
E se perderam pelo tempo

Assim como o vento
Que vem beijar meu rosto
Sem jamais, em tempo algum
Poder voltar a outro instante...

É só a saudade que vem!
Saudades eternas do meu bem...


Mary Paes

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

sábado, 1 de outubro de 2011

Fantasia da Paixão

  Imagem banco de imagem google

               Fantasia da Paixão 

 Você chegou e sorriu
Olhou meus olhos tão profundamente
Como se me tocasse...
Estatizou-me
Me botou um feitiço
Senti teu corpo se aproximando
E um calor estranho apoderou-se
De mim...
O desejo ardente adormecido
Renasceu... 
E foi crescendo
A cada centímetro a menos
Que separava nossos corpos
E a tua boca se abriu deliciosamente
Então não resisti
E me colei aos teus lábios
Sedenta de desejos... Enlouquecendo-me...
Você me seduzindo... Possuindo-me ardentemente
...então acordei,
E na minha solidão, apenas o sol se
Infiltrava pela janela, descuidadamente aberta...

Por Mary Paes

domingo, 25 de setembro de 2011

Fim


"Pra tudo há início...
O fim é uma consequência".

Mas é no Fim que tudo tem início... de novo!


Mary Paes

domingo, 18 de setembro de 2011

Passe comigo esta noite!

 imagem: google

Ameaçava chover naquela noite. O vento soprava forte e fazia ranger as grandes janelas de madeira, já envelhecidas pelo tempo. Não que ela tivesse medo de tempestades, mas aquela casa antiga, cheirando a coisa velha, tinha um não sei quê de mórbido e sombrio. E ela estava só. 
Os relâmpagos cortando o céu iluminavam a sala pelas frestas das paredes. É... iria chover a qualquer momento. Por que ela inventara de se aventurar justo naquela noite. O jeito era acomodar-se por ali mesmo até que o dia amanhecesse. Percorreu com os olhos todos os cantos da sala. Era perceptivel que outrora aquele lugar tivera o seu glamour. Os móveis, o lustre, o piso... mesmo empoeirados e envelhecidos, denotavam a finesse dos que ali habitaram por algum tempo. 
Ela decidiu subir as escadarias de madeira... A cada degrau que ela subia, seu coração parecia saltar-lhe do peito. Não era por medo que ela sentia o corpo tremer, era por algo maior que o medo... era uma sensação incontrolável e angustiante, como se ela estivesse dentro de um filme de suspense, mas naquele caso, um suspense real. E se qualquer coisa ruim acontecesse, ninguém poderia salvá-la. Ninguém!
Ela não terminou de subir as escadas...

(...uma pequena introdução para uma viagem ao suspense!)

Por Mary Paes

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

mero passageiro

Foto: Maksuel Martins


Quem não sonha
é um mero passageiro da vida
que nem sabe aonde vai

Por Mary Paes

sábado, 10 de setembro de 2011

Instante Morno



Eu não quero ser
Exemplo pra ninguém
Nesta estrada torta
 Eu mesmo quero me perder
E me achar quando quiser
Ou me perder eternamento
Deste instante morno

 Por Mary Paes

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Desvarios

Um homem bonito e vazio 
é como um vaso de flores de plástico
só serve de enfeite

Mary Paes

domingo, 4 de setembro de 2011

Livre para ser sozinho



Eu quero um pouco de me sentir só...
Quero um pouco do nada pra falar
Quero o vazio do silêncio...
Minhas mãos frias...
As paredes frias... O esmo dos pensamentos...
A cama grande...
Os desvarios dos sonhos sem razão...

Eu quero um pouco do sal...
Das lágrimas... Do mar da solidão
Quero o sal... A saudade de mim...
Do que fui... Do que sou...
Do nada que não sei se sou... Ou que sei... Que fui...

Quero meus dedos... A tinta... O papel em branco...
As letras...
Quero minha inspiração...
Fugir do caminho certo...
Me perder...

Cair do barranco... Me sujar na lama...
Não ter hora pra voltar...
Não voltar atrás...
Ou voltar... Qualquer hora...

Quero ser livre para ser sozinho...
Ou não ser... Sozinho.
Eu quero um pouco de ser poeta...
Ser poeta...
Só!

domingo, 28 de agosto de 2011

A Escolha


 Foto: Maksuel Martins

 
O destino do poeta
Ele mesmo escolhe
Então me perguntas
Por que o poeta sofre
E eu lhe respondo
Ele escolheu ser poeta

Por Mary Paes Santana 
 

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Labirinto do teu corpo

            Foto: Maksuel Martins

 

Que bela a inspiração
Do teu beijo quente que me toca
E me solta...

Pra me embrenhar
No labirinto do teu corpo...
Onde me perco... Quando peco
E te desejo de todas as formas de amar

Satisfaz-me roçar meus lábios em teus seios
Quando teu coração
De amor me afoga...

Nos devaneios do meu querer, te querer
Todo o tempo que em meus sonhos te vejo
E te perco sempre, quando me lembro
Que os sentimentos que me inspiram
O desejo de te amar,
De desnudar teu corpo...

São partes permanentes do meu coração
Que te ama

Mesmo que não seja breve a tua ausência
E seja imensa a minha solidão

Por Mary Paes Santana

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

de mansinho...

Imagem: Google


quando dormires meu bem
nem que seja um pouquinho
deixa eu entrar
nos teus sonhos
e beijar teus olhos
depois sair
de mansinho
levando comigo
só o cheiro do teu ninho
     ...

Por Mary Paes Santana

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Vida Cigana

 
Sou hippie, sou desleixado
Louco, maluco, tarado...
Chama-me como queres,
Mas, sou livre...

Irresponsável, vagabundo
Mas sou feliz...
Filho do mundo, nascido do mundo
E  perdido no mundo...

Sou eu quem fala ao vento
Quem dorme ao relento
E conta as estrelas
Num céu que me pertence.

Nunca estou indo
Ou voltando...
Qualquer lugar é minha morada
Nas ruas, nas praças, nas calçadas...
Muitas vezes nas estradas
Mas, nunca em seu coração.

Por Mary Paes Santana

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Fazer amor...

Foto: Maksuel Martins

Fazer música é como fazer amor...
Cada nota é uma preliminar.

Mary Paes

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Por medo de amar


Foto capturada de vídeo: Maksuel Martins


Por medo de amar

Se eu gritar a dor 
Desse amor que me consome
Vou ensurdecer seus ouvidos
Quebrar sua taça de vinho
E misturar os cacos ao meu coração quebrado

Se eu deixar correr esse rio
Que molha meu rosto
Posso achar as curvas do seu corpo
E me perder nesse mar

Perder o ar
E voltar à vida com seu beijo

Se eu gritar a dor
Desse amor que me consome
Nada serei
Além de um homem que enlouqueceu
Você nem vai me escutar

E se eu me calar, não serei louco
Apenas um tolo
Que se recolhe ao nada
Por medo de amar

Por Mary Paes Santana